Português detido e nove vítimas de exploração sexual libertadas numa operação policial arrasadora, denominada “Irala”. A Guardia Civil de Salamanca e a Polícia Judiciária colaboraram nesta missão que visou desmantelar um grupo criminoso, suspeito de tráfico de pessoas.
A operação encontrou um bar de alterne em construção na cave da casa do português, onde foi construído um túnel de 60 metros que levava até um terreno adjacente, para facilitar o acesso a potenciais clientes. Que absurdo!
A investigação começou no âmbito da diretiva europeia de combate ao tráfico de seres humanos, levando as autoridades a inspecionar estabelecimentos onde se praticava a prostituição. Infelizmente, este grupo recrutava mulheres de países da América do Sul, oferecendo falsas promessas de trabalho em Espanha. Como não podiam pagar a viagem, a organização criminosa fornecia-lhes os bilhetes, mas cobrava dívidas astronómicas, chegando a ultrapassar os 3.000 euros. Para além disso, retiravam-lhes os passaportes, tornando-as reféns dos captores.
A vigilância era constante, estas mulheres não tinham qualquer liberdade, nem mesmo quando iam às compras. Sempre acompanhadas pelos membros do grupo criminoso, as vítimas viviam numa prisão sem fim. Que horror!