O notório assassino em série e agressor sexual Jeffrey Dahmer, continua a fazer manchetes depois de ter sido recentemente redescoberto por uma nova geração de verdadeiros entusiastas do crime.
Dahmer é o tema principal de Monster: The Jeffrey Dahmer Story, uma nova série da Netflix que foi lançada a 21 de setembro. Até agora, a série recebeu críticas mistas, com alguns espectadores a acharem a mesma “muito boa”, e outros a acusarem-na de “romantizar” o infame assassino.
#DahmerNetflix is out, let’s not romanticize Jeffrey Dahmer just because he is played by Evan Peters.
Remember the victims.
A tread about each victim and who they were. pic.twitter.com/3NAZpG40Dq— hot girl jo (@sicssorluv) September 21, 2022
A série de 10 episódios foca-se na vida de Dahmer, que assassinou 17 homens – na sua maioria homens queer de ascendência negra, latina ou asiática – em Milwaukee, Wisconsin, entre 1978 e 1991.
Ele drogava frequentemente e depois assassinava as suas vítimas, muitas vezes preservando partes dos seus corpos através de vários métodos. Ao longo dos anos, muitas pessoas acreditam que as etnias das vítimas de Dahmer facilitaram que o notório assassino permanecesse sem ser detectado durante tanto tempo.
A série também conta as histórias de algumas das vítimas de Dahmer, bem como a história de uma mulher que era sua vizinha e que alertou a polícia de Milwaukee por várias ocasiões depois de ter reparado que Dahmer demonstrava um comportamento estranho.
Esta mulher, Glenda Cleveland, afirmou que a polícia não levava a sério as suas chamadas e dicas porque a zona onde Dahmer levou a cabo os seus crimes era um bairro predominantemente negro.
Isto até que em 1991, Dahmer foi apanhado depois de uma potencial vítima ter conseguido fugir e alertar a polícia – provocando uma detenção e subsequente julgamento. Ele foi condenado a 16 penas de prisão perpétua consecutivas – um total de 941 anos. 3 anos após a sua sentença, foi morto por um colega de prisão.
Contudo, outro prisioneiro tinha tentado cortar a garganta a Dahmer e matá-lo não muito antes, mas falhou após a lâmina de barbear da sua faca improvisada se ter partido. Osvaldo Durruthy, agora com 65 anos, disse recentemente ao The Daily Mail que não se arrependeu do incidente:
“Não tenho nem um pouco de arrependimento pelo que fiz a Jeffrey Dahmer. Tentei matá-lo, e falhei. Nem sequer me arrependo de ter de passar mais 5 anos na prisão porque tentei matá-lo. E ainda bem que outra pessoa o apanhou”, disse Durruthy, que já não se encontra na prisão, ao jornal.
Durruthy explicou que veio para os Estados Unidos em 1980 vindo de Cuba, sendo que não conhecia ninguém e não falava inglês. Vários anos mais tarde, viu-se na prisão acusado de tráfico de droga, tendo-lhe sido aplicada uma pena total de 31 anos.
Quando Durruthy soube dos crimes hediondos de Dahmer e soube que ele estava num centro correccional a não muitos quilómetros de distância, explicou que ficou com a ideia de o matar bem presente:
“Fiz muitas coisas más na minha vida que não deixam a minha família orgulhosa. Pensei que se o matasse, poderia compensar algumas das coisas más que tinha feito. Na altura, pensei que não tinha nada a perder, estava a enfrentar anos de prisão que me pareciam uma sentença de prisão perpétua. Queria matá-lo pela minha família e pela comunidade negra”.
“Eu queria matá-lo; ele comia pessoas. Mas acho que Deus estava a olhar por mim e não queria que eu o matasse. Não me arrependo do que fiz, se tivesse a oportunidade de o voltar a fazer, fá-lo-ia. Tentei realmente matá-lo. Estou contente por Dahmer estar morto. Talvez quando se soube que eu o tinha tentado matar, tenha dado ideias a outros reclusos”, admitiu Durruthy.
Inmate who tried to kill Jeffrey Dahmer in prison with a makeshift shank speaks of attack for first time https://t.co/D8lvekJBTX
— Daily Mail Online (@MailOnline) October 6, 2022
Cinco meses mais tarde, Dahmer foi violentamente espancado até à morte pelo recluso Christopher Scarver.